A Banalização Da Mais Difícil E Antiga Profissão De Todos Os Tempos
Músicos que viram atores.
Dentistas que viram atores.
Marceneiros que viram atores.
Políticos que já são atores viram atores.
A Banalização da profissão dos atores está por todas as partes, qualquer pessoa, faz um filme, uma peça, qualquer pessoa, qualquer filme, qualquer pessoa, qualquer peça, qualquer Shakespeare, qualquer pessoa, qual qualquer quer, qualquer quer, o que quer!!!
E porque não, o nível já é tão baixo que não temos nada a perder mesmo. O que é um peido pra quem está cagado.
Imagina um ator regêndo uma orquestra sinfônica, ou quem sabe eu pudesse obturar uma cárie no seu ciso. Ou talvéz, vou fazer um armário e vender nas Casas Bahia por 10 pequenas prestações de R$ 19,99. E por último vou me candidatar a...mmm...bem...deixa pra lá...não vou comentar novamente sobre o bahiano que...
Todo mundo quer ser Brad Pitt ou Angelina Jolie, eu pessoalmente gostaria de ser Benicio Del Toro - CARALHO AMO ESSE CARA!!! Mas as pessoas que decidem ser estrelas, antes de serem artístas, não se dão conta que ´o pastel tem que ter recheio´. Caramba!!! Não adianta pagar a mensalidade e assistir aulas de artes cênicas por quatro anos, fazer um teste para uma novela e pronto. Sou ator.
Claro que ter uma cara linda ajuda muuuuuito na hora que ´abre a camera´, ooooobvio que dinheiro, muito dinheiro é uma delííííííícia.
A técnica do ator e seu conhecimento sobre o teatro é somente uma pequena parte dos ingredientes deste pastel. Talvéz teatro seja a profissão, quando exercida em sua plenitude, seja a profissão mais difícil e completa que o homem já tenha visto, de 500 BC, passando pela crucificação de Cristo, atravessando o Renascentismo, avançando sobre a Descoberta da Américas, lá estava o teatro, infiltrando-se nas grandes revoluções inglesas e francesas. Censurado nas grandes guerras, lá estava ele. E hoje, neste dia - 08/08/08 - de abertura das olimpiadas mais polêmicas desde aquela na qual um negro fez um recalcado de pau pequeno calar a boca, aqui está o teatro, na UTI, mas está aqui. Sendo representado por Big Brothers, puta merda, coitado do Orwell, já não deve ser mais Orwell, mas sim, Orbad.
Como disse o outro dia um jornalista, diretor de redação, em um programa de entrevistas:
(...) eu prefiro e escolho meus funcionários por serem médico-jornalistas, arquiteto-jornalistas, esportista-jornalistas, filósofo-jornalistas. Jornalista por jornalista não estou interessado (...)
Da mesma forma funciona com um ator. O ator, hoje em dia, precisa ter mais, muito mais do que outras profissões, precisa ser mais que um corpo iluminado por elipsoidais e fresneis, falando algumas palavras durante 60 minutos.
O ator tem que divertir o público sim, pode ser divertirlo com revolta, fazendo o rir, chorar, mas sempre o está divertindo através de vários artifícios, artefícios, arteficil, artedifícil, arteédifícil, arte é difícil. Difícil é arte.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
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2 comentários:
eu queria ser a sofia coppola...
É como ser escritor; hoje em dia todos escrevem. Tem mais escritor que leitor.
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