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sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sobre a Construção Sem Prever a Manutenção



Aqui vou eu mais uma vez reclamar...reclamar...clamar...clamar...mar. Seria muito melhor eu pegar o meu Gol (num troco pur nada...uso sem dó) ir até a praia e ver o mar do que ficar aqui escrevendo este monte de merda rabugenta.


Aqui no Brasil, existe a mania de se ganhar a concorrência ou a licitação no berro e rapidinho. As pessoas não estão interessadas em planejamento a longo prazo. É uma grande bosta.


Vamos construir uma ponte sobre o rio Tietê. Bem...primeiramente vamos desenhar uma ponte horrível, puro concreto, sem pintar....totalmente utilitária. Para que projetar algo útil e bonito como os movimentos europeus queriam fazer. Por exemplo Arts and crafts, Art nouveau e Deutscher Werkbund? Tanto a prefeitura, como o arquiteto, juntamento com o engenheiro, os pedreiros e os cidadões simplesmente ´cagam e andam´ para a beleza estética. Ok...digamos que a ponte mais feia do mundo foi terminada. Passam dez anos...infiltrações aparecem, rachaduras brotam por todos os cantos como uma plantação de bambú. Pixações feita por vandalos dão a pitada se sal e pimenta que faltava. Pronto, esta feita a catastrofe de concreto utilitária para automóveis e afins. Mais parece uma linda obra de arte moderna abstrata, a la Bueys, que estará no saguão do Ibirapuera na Bienal Internacional 2008.


Vale lembrar que outros arquitetos e engenheiros provavelmente mandaram seus projetos para esta ponte sobre o rio Tiête, mas como este era útil, bonito, com planejamento a longo prazo para MANUTENÇÃO da obra e principalmente mais caro que os outros...a primeira vista, o arquiteto recebeu um telefonema do secretário municipal de infra-estrutura dizendo:
Obrigado senhor arquiteto mas seu projeto não foi aprovado. Ao que o arquiteto deduz que exagerou no orçamento e da próxima vez, para não morrer de fome, irá baratear tudo. Desta forma ganhará a concorrência e a ponte cairá e matará dezenas de civíls inocentes. Enquando isso o Paulo Maluf super fatura obras com o nosso dinheiro e dos civís mortos pela queda da ponte. (...) ele rouba mas faz (...), ou ainda, (...) estupra mas não mata (...)


Para que existiram os movimentos Arts and Crafts, Art Nouveau, Deutscher Werkbund, entre muitos outros se não para mostrar as próximas gerações como fazer ou não fazer...



você chutou o chiwawa ontem? vai...você pode!



Um bom feriado a todos nós.



obs.: se você escrever algum comentário, por favor coloque seu nome, caso contrário ele chega anonimo.

2 comentários:

Fab disse...

Só aproveitando o ensejo, ouvi dizer que vão construir um restaurante no topo da nova ponte sobre a Marginal do rio Pinheiros, que está em contrução(aquela perto do Hyatt e da Globo, não sei o nome). Um belíssimo restaurante com uma visão privilegiada e panorâmica do nosso xixi e cocô que fluem pelas negras águas mal-cheirosas do rio.

Ruy Filho disse...

Há toda uma nova relação entre a utilização da arquitetura, da paisagem urbana, do desenho econômico-social e da arte contemporânea sendo criado na Espanha, por jovens artistas advindos de outras áreas (legislação e direito, jardinagem, antropologia...).

Aqui nos prestamos ao "serviço" de construir para ter e não construir para ser...

Pontes bonitas? Viadutos planejados? No Brasil isso é supérfluo. Enquanto no resto do mundo desenvolvido (e já em boa parte do subdesenvolvido) a arquitetura é sinônimo de turismo e capitalização, aqui é eternamente um instrumento de passagem para o outro lado.

A desgraça fica no entender que mesmo os artistas não estão muito dispostos a mudar isso.

Concordo plenamente com vc.
Beijos