Até um período recente, os Estados Unidos agiam por meio das organizações internacionais que eles controlavam mais ou menos bem (ONU, FMI, Birds etc.). ´A prioridade é agora dada ao exercício solitário do poder e às ações unilaterais´, explica o americano Michael T. Klare, professor no Hampshire College do Massachusetts. ´Há pouco, as duas tendências da política externa americana, oscilando entre o multilateralismo e o unilateralismo, se equilibravam. Levando em conta reticências francesas, chinesas e russas quanto a novos reides no Iraque, Washington bombardeou de novo e sem mandado da ONU objetivos estratégicos iraquianos. Desde então, toda ambiguidade desapareceu: tanto Clinton quanto Madeleine Albright e James Rubin afirmam alto e bom som que os Estados Unidos intervirão doravante unilateralmente onde quiserem e como bem entenderem, com ou sem a concordância dos ´aliados´ e das organizações internacionais.´
Livro: Guerras contra a Europa de Alexandre Del Valle
Um comentário:
Sugiro a leitura de Poder Americano, de José Fiori e qualquer um do Noam Chomsky. Complementa a nossa visão sobre a ação dos EUA nos outros países. O que eles geralmente alegam é que os déficits gêmeos (público e comercial) são fruto da política externa intervencionista de garantir a "segurança" internacional. Logo, as organizações terroristas, bem como o comunismo fora no passado, aumentam a demanda por armamentos, provocando elevação na produção desses artigos. Para tanto, são necessários gastos que provocam os déficits americanos. Só que este é um argumento bem "desculpa esfarrapada", não? Além de ser circular.
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